As expectativas dos clientes não param de aumentar. Os retailers precisam de uma vantagem.
Como os retailers estão obtendo a "vantagem" em provadores, caixa e carteiras de clientes.
A computação de borda está impulsionando muitas das inovações mais recentes do mundo, como Internet das Coisas (IoT), veículos autônomos, sensores remotos, cirurgias remotas, realidade aumentada (AR) e 5G. Essas tecnologias exigem recursos essenciais, como a capacidade de processar e analisar grandes quantidades de dados em tempo real para produzir insights úteis.
Mas tais tecnologias não conseguem ter desempenho ideal residindo apenas na nuvem. Elas funcionam melhor residindo na borda.
A computação de borda envolve capturar e processar os dados o mais próximo possível da origem. Em arquiteturas de borda, os sistemas de computação e armazenamento residem o mais próximo possível dos componentes, dispositivos, aplicativos e humanos que produzem e usam os dados.
Essa aproximação reduz a distância percorrida pelos dados, eliminando a latência de processamento. Não é mais necessário enviar os dados da borda da rede para um sistema de processamento central e, depois, devolvê-los à borda. Por exemplo, para substituir os motoristas humanos, é imperativo que as tecnologias de condução autônoma reduzam os 100 milissegundos que os dados levam para ser transmitidos entre os sensores do veículo e os centros de dados na nuvem. Só a borda pode superar esse desafio.
Dados impelem dispositivos para a borda
Embora já ronde o mundo da computação desde a década de 1990, a computação de borda vem ganhando proeminência. E bem a tempo de atender às necessidades de um mundo repleto de aplicativos ricos em dados, usados em vários setores — uma tendência que deve continuar.
A IDC prevê que até 2025 haverá mais de 150 bilhões de sensores de máquina e outros dispositivos IoT transmitindo dados continuamente. Além disso, a IDC diz que a computação de borda está posicionada para ser um dos principais motores de crescimento no mercado de servidores e armazenamento durante e após a próxima década.
Com o advento das redes 5G, que prometem ser 10 vezes mais rápidas que as 4G, a velocidade torna-se ainda mais necessária. A computação de borda oferece suporte a aplicativos mais sofisticados, especialmente àqueles que precisam transpor limitações de latência e largura de banda. Ela elimina as longas distâncias entre os dispositivos, conferindo-lhes potência onde quer que estejam operando.
As organizações que já adotaram a computação de borda estão obtendo diversas vantagens significativas, incluindo:
- Responsividade em tempo real — à medida que aumentam o volume, a variedade e a velocidade dos dados oriundos de mais dispositivos conectados, ter recursos de rede em nível local agiliza a interpretação e o processamento, oferecendo valor em tempo real.
- Confiabilidade — a borda proporciona confiabilidade em um mundo onde diferentes dispositivos têm requisitos distintos de potência de processamento, eletricidade e conectividade de rede.
- Eficiência de custos — como os dados se movem mais rapidamente, as decisões podem ser tomadas com mais celeridade, ajudando a reduzir custos. Além disso, a menor dependência do processamento centralizado na nuvem pode reduzir as despesas gerais com a rede.
Uma das principais áreas de fragilidade na computação de borda pode ser segurança dos dados. O problema decorre da ampla gama de dispositivos usados com um sistema centralizado ou baseado em nuvem. Tal problema pode ser exacerbado com o uso de dispositivos IoT, que têm histórico documentado de serem pontos de vulnerabilidade na segurança de rede. No entanto, as arquiteturas de rede distribuídas facilitam o bloqueio e o isolamento de componentes comprometidos do sistema, além de reduzir o volume de dados em risco a cada dado momento.
O futuro do varejo na borda
O varejo é um excelente exemplo de setor que está pronto para adotar a vida na borda rapidamente — e serve como caso de uso perfeito para o que é possível alcançar em todos os setores. O varejo impacta a vida das pessoas diretamente, de várias maneiras. Os consumidores de hoje têm expectativas mais altas, como praticidade, atendimento superior e melhores experiências de compra, exigindo que os varejistas encontrem métodos novos e envolventes, por meio da inovação, para manter e aumentar o patrimônio da marca.
O varejo é um excelente exemplo de setor que está pronto para adotar a vida na borda rapidamente.
Uma pesquisa da MarketsandMarkets prevê que o varejo será o segmento de crescimento mais acelerado no mercado da computação de borda, em grande parte devido aos altos volumes de dados gerados por sensores, câmeras e sinalizadores de IoT que alimentam aplicativos inteligentes. A computação de borda permitirá que os dados sejam coletados, armazenados e processados de forma mais eficiente do que é possível na nuvem ou num centro de dados local.
Embora essa previsão tenha sido feita antes da pandemia da Covid-19, ainda há uma grande oportunidade nela. Na verdade, as inovações comerciais amparadas pela computação de borda, especialmente aquelas que afetam a experiência do cliente, podem ajudar a reviver o setor quando as coisas voltarem ao normal — ou, no caso do varejo, ao "novo normal".
Eis alguns exemplos de inovações preparadas para dominar o setor varejista do futuro:
- Sistemas de ponto de venda ligados a tablets que permitem aos colaboradores processar transações em qualquer lugar no espaço de vendas.
- Etiquetas com código de barras que os compradores podem escanear com o smartphone para obter informações do produto no local.
- Provadores inteligentes com espelhos de realidade aumentada que exibem roupas em diferentes estilos, sem necessidade de experimentá-las fisicamente.
- Sistemas Wi-Fi que reconhecem os consumidores e personalizam a oferta de produtos em tempo real.
- Sinalizadores infravermelhos que geram mapas de calor para informar aos varejistas os padrões de tráfego na loja, permitindo-lhes projetar melhor os espaços.
- Sincronização digital das experiências na loja, on-line e móvel para aumentar a fidelidade do cliente e atrair novos clientes.
Algumas dessas inovações já estão em uso. Um exemplo são os minimercados Tesco no Reino Unido e na Irlanda. Essas pequenas lojas regionais estão obtendo sucesso ao oferecer promoções e ofertas de produtos com maior nível de personalização. Para fazerem isso, as lojas devem compreender claramente a demanda do consumidor local e saber, em nível micro, quais produtos têm saída e quais promoções são atrativas. Isso afeta tudo, desde a disposição do produto até a cadeia de suprimentos. Como resultado, com dados e análises mais próximos de si, elas conseguem oferecer exatamente o que os clientes locais querem.
A corrida até a borda
Quase todos os setores já implantaram ou estão desenvolvendo inovações tecnológicas que só serão bem-sucedidas com o respaldo da computação de borda. A borda pode melhorar vários aspectos das operações comerciais, como eficiência da cadeia de suprimentos, manutenção de máquinas e otimização de dados. Veja alguns exemplos de uso em três setores:
- Sensores de cadeia de suprimentos na produção farmacêutica — a remessa de produtos sensíveis à temperatura pode ser monitorada desde a saída da fábrica até chegar à farmácia.
- Manutenção preditiva na fabricação — com a computação de borda, os sensores IoT podem monitorar a integridade da máquina e identificar necessidades urgentes de manutenção em tempo real.
- Gestão de frotas — meios eficientes de transmissão de rede podem maximizar o potencial de valor dos dados telemáticos da frota para veículos que viajam a locais distantes.
Todas essas inovações e outras mais estão alimentando o rápido crescimento da computação de borda em praticamente todos os setores. Antes da Covid-19, a empresa de pesquisa previu que o mercado da computação de borda cresceria de US$ 2,8 bilhões em 2019 para US$ 9,0 bilhões até 2024. Entre os principais fatores que têm impulsionado o mercado de computação de borda estão a crescente adoção da IoT em todos os setores, a demanda ascendente por soluções para processamento com baixa latência e tomada de decisões em tempo real, a necessidade de vencer os volumes de dados e o tráfego de rede exponencialmente crescentes e, claro, a expansão das implantações 5G.
A realidade é que ninguém consegue colocar centros de dados em todas as regiões para atender a demandas de potência cada vez mais localizadas.
No futuro, mais organizações vão avaliar o potencial de usar a computação de borda para sanar suas necessidades específicas. A realidade é que ninguém consegue colocar centros de dados em todas as regiões para atender a demandas de potência cada vez mais localizadas. A computação de borda permite que aproveitemos os recursos das inovações atuais ao máximo e mais perto das ferramentas que precisam delas.
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About the Authors
Global Account Manager
Nathan Hudson
As a Global Account Director - Retail Lead for Rackspace Technology EMEA, Nathan Hudson is responsible for helping businesses accelerate their digital journey to the cloud leveraging the Rackspace Technology portfolio of services. Nathan is a technology evangelist at heart, focused on delivering new ideas and innovation into his customers, contributing and advising on the development of new products and services that deliver value to Rackspace technology customers and meet their changing demands. Nathan has more than 15 years of experience working with leading global businesses to help them maximize their investment in cloud. Having worked across a number of roles in Marketing, Pre Sales, Sales, Service Operations and Technical Services during his career, Nathan brings a broad spectrum of experience to expertly guide businesses to meet their strategic goals.
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