Mulheres na tecnologia: uma entrevista com as mulheres líderes de nossas estratégias globais
by Amanda Halbritter, Senior Global Content Marketer, Rackspace Technology
O Dia Internacional das Mulheres (DIM) começou a ser celebrado há mais de um século. Realizado todos os anos em 8 de março, o DIM é uma data global que celebra as conquistas sociais, econômicas, culturais e políticas de mulheres pioneiras de todos os cantos do mundo. O dia também é um chamado à ação para a criação de um mundo com maior igualdade de gêneros. Uma das missões é "aumentar e promover a paridade de gêneros na tecnologia e celebrar as mulheres que dão origem à inovação". Neste ano, a Rackspace Technology® se reuniu virtualmente com algumas das nossas mulheres da tecnologia para conversar sobre a modelagem de uma liderança autêntica, a amplificação das vozes das mulheres e a construção de redes profissionais. Leia as perguntas (P) e respostas (R) para se inspirar e #DerrubaroViés.
Casey Shilling, diretora de marketing
Casey tem um longo histórico no desenvolvimento de marcas e na construção de sólidas culturas organizacionais. Antes da Rackspace Technology, Casey foi diretora de marketing da J. Hilburn e da Zoës Kitchen, e vice-presidente de marketing da The Container Store. Ela é coautora de "Uncontainable: How Passion, Commitment, and Conscious Capitalism Built a Business Where Everyone Thrives", junto com Kip Tindell, fundador e ex-CEO da The Container Store.
P: Como você chegou à Rackspace Technology?
R: Uma ex-colega que era executiva na Rackspace Technology entrou em contato comigo. Ela achava que a empresa se beneficiaria com o meu trabalho, não só pelo meu histórico no marketing de marcas de consumo, mas também pela minha abordagem da comunicação e liderança.
Eu tinha trabalhado com ela a maior parte do tempo em que trabalhei na The Container Store, e ela disse: "nem sei se temos uma vaga, mas eu acho que você tem que estar lá, Casey". A empresa realmente precisava aumentar sua consciência de marca como organização. Então eu tive algumas conversas excelentes com a equipe de liderança executiva, e o resto é história. Eu vim para ajudar a desenvolver a estratégia de marca e comunicações, e agora sou diretora de marketing.
Durante toda a minha carreira, meu objetivo tem sido criar uma marca que, assim que as pessoas ouvem seu nome, dizem: "nossa, eu adoro essa empresa!". Eu quero que elas digam: "eu adoro a The Container Store!", "eu adoro a Zoe’s Kitchen!” e “eu adoro a Rackspace Technology!” É isso que me move como profissional de marketing. Eu adoro construir uma história e uma consciência de marca em que as pessoas se conectam emocionalmente e sentem que a empresa agrega valor à sua vida e ao seu negócio.
P: Ao criar uma estratégia de marketing global para qualquer organização, quais são alguns dos pontos principais a se ter em mente na criação de uma marca de sucesso?
R: Você deve ter uma estratégia empresarial clara, e nós temos. Nossa estratégia empresarial de cinco pontos que nós comunicamos aos Rackers está nos levando ao nosso objetivo: ser a melhor empresa totalmente dedicada a soluções de nuvem. Depois, você precisa saber quem é seu cliente, e você precisa ser orientada por dados para determinar a melhor forma de se engajar com eles. A partir disso, você cria a sua tática de marketing e os pontos de contato para alcançar seus objetivos.
Como uma equipe de marketing, estamos trabalhando para construir a consciência de marca de quem a Rackspace Technology é hoje, impulsionar as vendas através da geração de leads e sustentar a autoridade como uma liderança em ideias inovadoras no nosso setor. E eu vejo cada Racker como um representante de marketing. Uma marca é construída e cresce de dentro para fora, e nossos Rackers podem ser nossos grandes megafones, ajudando a espalhar a boa nova sobre a Rackspace.
O segredo aqui é a comunicação. Cada pessoa na organização precisa entender a estratégia da empresa, dar as mãos e caminhar em direção ao nosso objetivo comum. Não pode haver áreas isoladas, porque se uma mão não souber o que a outra está fazendo, o resultado será uma mensagem ambígua e inconsistências em relação à marca e à nossa voz.
Para uma organização global como a Rackspace Technology, precisamos garantir que estamos em sintonia com os líderes e as equipes de marketing do mundo todo. Queremos alinhar de perto nossas equipes de vendas, produtos e marketing para estarmos perto do pulso do cliente e fornecermos a Fanatical Experience a cada curva e cada ponto de contato.
P: Como muitos líderes, você não começou na tecnologia. Para as mulheres que têm interesse em mudar para o setor de tecnologia, qual o seu conselho para ajudá-las a começar ou fazer a transição para uma nova carreira?
P: Seja corajosa! Eu acho que, para crescer, você precisa ser curiosa, precisa sair da sua zona de conforto. Você precisa ser criativa e não pode ter medo de fazer perguntas. Não importa em qual nível você está na empresa. De verdade, não existem perguntas idiotas. Acho que é assim que você constrói uma perspectiva ao assumir uma nova função.
E encontre mentores; não espere que alguém venha até você e lhe diga que você precisa ser orientada. Eu tive a sorte de estar rodeada de mentores a quem gosto de chamar "coaches exigentes". É bom ter um coach exigente na sua vida. Isso não significa uma pessoa que grita com você ou que é combativa ou horrível com você. Em vez disso, um coach exigente é um líder e mentor que é exigente de uma forma amável porque se importa com você e quer ver você se esforçar.
Se você olhar para trás, vai se lembrar daquele treinador ou professor que mais te instigou. Às vezes, eles fazem você ir pra casa se questionando: "por que ele me pressionou tanto para ir mais longe? Ou me pediu para jogar numa posição diferente da que eu jogo normalmente?" É por que ele vê algo em você, algo que nem você sabia que tinha. Eu acho que ter esses mentores na sua vida vai ajudar você a experimentar algo que você nunca fez antes, assumir um papel que você nunca assumiu, ou ir para um setor totalmente diferente.
P: Você vai palestrar no Simpósio Mulheres na Liderança em 15 de março próximo. Quais são alguns dos tópicos sobre os quais você está ansiosa para falar nesse evento? (Sendo o tema Paradigma da mulher: restauração, reintegração e ressurgimento)
R: Cada uma das líderes fantásticas que farão parte desse painel falará sobre um tema diferente. O meu tema é "Para além do malabarismo", no qual discutirei o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Pessoalmente, e sinceramente, eu nunca assinei embaixo do termo "equilíbrio". Não acho que seja realista para qualquer pessoa apaixonada pelo seu trabalho e sua vida.
Acredito que tem mais a ver com integrar todas as coisas que você quer realizar na sua vida, focando nas coisas certas na hora certa. Você pode ser apaixonada pelo seu trabalho, então existe uma linha tênue entre trabalho e diversão. Um CEO (Kip Tindell da The Container Store) com quem trabalhei de perto por muito tempo na minha carreira costumava perguntar:monet nenúfares “Monet estava trabalhando ou se divertindo quando pintou os Nenúfares?” Ele dizia: "Monet estava fazendo algo pelo qual ele era apaixonado enquanto se divertia. Ele estava fazendo o que amava".
Você precisa encontrar um local de trabalho que pareça um lar e se cercar de pessoas que você ama para sair da cama e trabalhar com elas todos os dias. Encontre pessoas que inspiram você, que são melhores do que você em algumas coisas. Isso é motivador. E quando você precisar de tempo para fazer as coisas que são importantes para você na sua vida pessoal, não tenha medo de pedir. Às vezes eu acho que as mulheres pensam que não podem pedir para fazer algo simples como tirar um tempo no horário de trabalho para participar de algo na escola ou ser voluntária na escola do seu filho.
Por algum motivo, nós mulheres colocamos esse peso sobre nós quando poderíamos simplesmente pedir. Mulheres que estão no início da carreira ou mesmo pessoas que já têm algum tempo, como eu, ou pessoas que estão mais para a metade de suas carreiras – nós ainda nos impedimos de fazer isso, e às vezes eu não sei por quê. Vamos ter uma conversa de verdade. É isso que eu sempre digo para os meus subordinados ou minhas equipes. Vamos ser vulneráveis, e se você trabalha duro e existe confiança, vamos encontrar uma forma de tornar essa integração entre trabalho e vida pessoal mais fácil para você.
P: Quando você pensa na celebração do Dia Internacional das Mulheres, quem são algumas das mulheres que você admira e que influenciaram o seu ponto de vista único?
R: Há muitas mulheres que eu admirei e segui durante a minha carreira, e tenho muitos livros e citações sobre liderança comigo todo o tempo. Eu adoro começar as reuniões com uma citação. Eu sempre digo que eu sou o Ted Lasso [treinador de um pequeno time de futebol americano em uma série dos EUA] da Rackspace Technology em alguns aspectos, porque tenho a positividade como um dos meus cinco principais pontos fortes, e eu realmente tento começar o dia com otimismo e gratidão. E eu também tento liderar dessa forma.
E eu acho que, em termos de mulheres que influenciaram isso, realmente começou com a minha mãe. Isso está surgindo no ano da morte dela, e nós éramos muito ligadas. Eu a via ir trabalhar todos os dias e se sentir realizada como mãe tendo uma carreira para sustentar sua família. Ela foi um grande exemplo. Minha mãe sempre me disse que eu poderia fazer e ser o que eu quisesse - e eu acreditava nela. Sempre tive aquele incentivo, e talvez alguns dos meus sonhos fossem um pouco exagerados, mas eu achava que eu podia fazer qualquer coisa, e era por causa dela.
Também estou cercada por um grupo muito unido de amigas que já me viram no meu melhor e no meu pior. Elas me colocam para cima, mas também não têm medo de serem verdadeiras e transparentes comigo quando eu preciso de um feedback real. Quando penso em outra mentora maravilhosa, procuro a Melissa Reiff, ex-CEO da The Container Store. Fui subordinada a ela a maior parte da minha carreira, e ela via aspectos meus que eu nem notava. Ela tinha uma visão de liderança em que "tudo importava", desde os pequenos detalhes até os grandes. Ela me impulsionou muito e ajudou a me expor a oportunidades e desafios que ajudaram a moldar a líder que sou hoje.
Acho que todas nós, como mulheres, podemos ser mentoras, e descartar a competição, enfatizando a contribuição e a colaboração. Temos mais força como equipe do que se tentarmos competir umas com as outras. Em vez disso, devemos incentivar e aprender umas com as outras.
Adrianna Bustamante, vice-presidente de alianças e parcerias globais
Adrianna tem um histórico comprovado de construção e otimização de estratégias e desenvolvimento de parcerias em diversos setores. Antes de seus quinze anos na Rackspace Technology, ela trabalhou em comunicações corporativas para a Twentieth Century Fox Home Entertainment. Além disso, ela atua frequentemente como especialista, participando de palestras, desenvolvimento de conteúdo e funções consultivas.
P: Como você chegou à Rackspace Technology?
A: Quando decidi voltar de Los Angeles para o Texas, procurei empregos em Austin. Minha experiência até então era em publicidade na área de entretenimento, e eu queria explorar outras funções. Brooke Belasco Hernandez, uma pessoa que está comigo incondicionalmente, trabalhava na Rackspace e me contou que eles estavam abrindo um escritório em Austin que seria focado em vendas.
Eu não tinha nenhuma experiência em tecnologia, então eu não tinha certeza se seria a candidata ideal. Ela me garantiu que o mais importante para eles era conseguir os talentos certos e adequação à cultura, e que a empresa me ajudaria a aprender a parte de tecnologia.Ela me falou sobre a importância e a cultura da Fanatical Support™, e isso eu entendia! Dou muito valor a uma experiência incrível para o cliente, e é isso que busco como consumidora.
Fui persistente na busca de uma vaga de nível de entrada em vendas na equipe de geração de leads/equipe Q, enquanto também avaliava uma outra oportunidade na área de marketing em Austin. Quando recebi a oferta, decidi arriscar em um novo setor e escolhi a Rackspace!
Na época, a Rackspace era muito centrada na sede, então fiquei em San Antonio e continuei assumindo novas oportunidades e funções. Além disso, San Antonio era uma cidade em transformação, e eu tinha uma nova perspectiva e uma nova apreciação pela minha cidade natal.Normalmente sou uma desbravadora, e a Rackspace tem me dado ótimas oportunidades de fazer isso.
P: Você é uma Racker há mais de 15 anos! Que conselho você daria às mulheres interessadas em desenvolver suas carreiras com uma organização?
A: Construa sua rede interna e externa e conheça seus pontos fortes e suas paixões – é assim que você chega ao seu melhor desempenho! Aproveite o seu melhor desempenho para gerar resultados e criar sua visão. Você pode usar isso em seu proveito como seu superpoder.
Também não tenha medo de se oferecer para enfrentar novos desafios, oportunidades ou pilotos e compartilhe suas ideias. Eu acho que é valioso ser proativo com seus líderes e sua rede para atuar nas áreas em que você sabe que agrega valor e tem o melhor desempenho. Isso pode ajudar você a estar em primeiro lugar na cabeça das pessoas quando surgir uma nova oportunidade.
P: Quando você constrói alianças e parcerias globais, quais são as peças fundamentais para criar relacionamentos bem-sucedidos de longo prazo com essas organizações?
A: Eu acredito que construir relacionamentos e confiança cria uma sólida base para a parceria. A partir daí, é importante entender como cada organização e cada parte interessada chave define o sucesso, o que impulsiona a motivação, bem como saber onde você cria valor e diferenciação. Essa base leva a uma visão compartilhada, junto com um forte plano conjunto para criar algo significativo e impactante.
P: Você recentemente foi destaque no Hispanic Executive. Como você acha que outras mulheres latinas poderiam “amplificar” a voz delas no setor de tecnologia?
R: É importante aparecer e ser uma voz! Usar sua voz é o primeiro passo, e cria um exemplo para os outros. Também acredito em passar adiante e encontrar formas de criar oportunidades para que outras mulheres latinas deixem sua marca.
P: Quando você pensa na celebração do Dia Internacional das Mulheres, quem são algumas das mulheres que você admira e que influenciaram o seu ponto de vista único?
R: A primeira mulher que me vem à mente é Brené Brown. Ela é uma mulher honesta, direta e verdadeira. Ela construiu uma carreira incrível empoderando-se da sua história e da sua paixão. Sou sempre inspirada por ela e desafiada a pensar. Eu a adoro, e o fato de ela ter crescido em San Antonio é um bônus.
Além disso, da minha mãe às minhas avós e tias e primas, tenho sorte de ter mulheres na minha família que me deram lições valiosas e me ofereceram seus exemplos – elas provavelmente não fazem ideia do que aprendi com elas. Aprecio esses presentes e sempre me divirto quando me pego imitando essas mulheres ou colocando em prática o que elas me ensinaram.
Também sou muito fã da Shakira. Ela é uma alma afim. Ouço sua música desde que passei um verão no México quando estava no ensino médio, e a energia dela me alimenta. Não posso deixar de sorrir e quero dançar sempre que ouço sua música. Isso sem falar no fato de que ela é uma grande humanitária, uma estrela internacional, fala cinco idiomas e gravou seu primeiro álbum aos 13 anos! Ela me faz querer dançar, e quem não quer dançar?!
Karen O’Reilly-Smith, diretora de segurança (CSO)
Karen tem mais de vinte anos de foco na prática da segurança da informação. Antes da Rackspace Technology, ela trabalhou na Barclays, Wells Fargo, IBM e American Express. Ela tem uma profunda experiência de trabalho em tecnologia e reengenharia operacional, além da sua experiência com segurança da informação. Além disso, ela liderou equipes globais multiculturais em serviços financeiros e tecnológicos.
P: Como você chegou à Rackspace Technology?
R: Na verdade, eu conhecia o CSO anterior, e ele me ligou em 2018 e me disse que estava se aposentando, e que a Rackspace Technology estava procurando alguém para substituí-lo. Ele me perguntou se eu tinha interesse. Eu estava trabalhando na Aetna como diretora internacional de segurança da informação (CISO) e fazendo um trabalho desafiador e interessante. Eu recusei o convite na época.
No entanto, ele foi persistente e oito meses mais tarde me ligou novamente e disse que eles ainda estavam procurando a pessoa certa para ser CSO e se eu poderia pelo menos ter uma conversa rápida com o diretor de operações (COO). Eu concordei. Conversamos, eu gostei da direção que a empresa estava tomando, e fiquei interessada na vaga. Aceitei o cargo algumas semanas depois, faz dois anos e meio, e eu gosto cada dia mais dessa função.Minha experiência me preparou para essa função e seus desafios. Continuo ansiosa para amadurecer o programa de segurança da Rackspace Technology usando meu profundo conhecimento e minhas experiências.
P: Você faz palestras frequentemente em eventos de segurança cibernética e foi convidada recentemente da série "Mulheres na tecnologia" da Solve Live. Qual é o seu principal conselho para as mulheres que se interessam em buscar uma posição de liderança nas operações de segurança?
R: Vai fundo! Dê o salto. Uma posição em segurança cibernética é uma carreira, não um emprego, e é uma função que está constantemente mudando e evoluindo. Então, se você gosta de mudança, de trabalhar em ambientes ágeis, reagir rapidamente e pensar fora da caixa, arrisque-se na segurança cibernética, você não vai se arrepender.
P: Ao criar um roteiro de segurança global para uma organização, por onde você começa?
R: Para mim, começo acessando o programa atual e avaliando sua maturidade. Vejo a missão, o roteiro e as métricas do programa de segurança. Converso com o pessoal atual, colegas, parceiros. O mais importante é ouvir, ouvir, ouvir! Você precisa saber onde o programa está para determinar aonde ele deve ir.
Depois de reunir todas as informações, você documenta um roteiro, de preferência de três anos. Em seguida, você compartilha o roteiro e obtém adesão e aprovação. O próximo passo é começar a executar. Mantenha o roteiro pronto e revise-o trimestralmente. O ambiente de segurança cibernética muda rapidamente, e você vai precisar ajustar seus planos à medida que avança.
P: A segurança cibernética é um pilar muito importante na tecnologia. Qual é a importância de fazer networking dentro do setor, e que conselho você dá para as mulheres que querem ampliar sua rede?
R: Uma rede de colegas, parceiros e profissionais é essencial em qualquer área ou setor. Eu aconselho as pessoas a começarem a construir sua rede na sua empresa atual e conhecer pessoas da sua equipe e fora do grupo. Continue conectada com elas, mesmo se você for para outro cargo ou empresa no futuro. Participe de eventos na sua área e faça conexões. Vá conversar com um palestrante que lhe causou uma boa impressão. Busque um mentor, pois eles serão amigos para toda a vida.
P: Quando você pensa no Dia Internacional das Mulheres, quem são algumas das mulheres que você admira e que influenciaram o seu ponto de vista único?
R: A primeira pessoa na minha vida que mais me influenciou foi minha mãe. Ela era uma profissional na década de 1950, em uma época em que a maioria das mulheres não trabalhava fora. Ela me deu conselhos muito práticos que eu uso até hoje e passo para a minha filha, que está começando sua carreira profissional, e para mentorados com os quais tenho o prazer de trabalhar.
O conselho da minha mãe era: ame o que você faz ou encontre outra coisa. A vida é muito curta para não amar o que você faz. Ela me aconselhava a sempre dar 110% para a minha função atual. Ela dizia: "coloque tudo de você no seu trabalho". Ela sempre me dizia para ter um plano – era o lado contadora dela. E por fim, ela me lembrava de curtir a jornada. Ela passa rápido.
Angela Logan-Bell, diretora sênior de parcerias estratégicas, alianças e marketing (APJ)
Angela tem mais de duas décadas de experiência e profundas conexões no canal de TIC. Antes da Rackspace Technology, ela trabalhou para Optus, Dicker Data e Express Data e ficou dez anos na Ingram Micro. Ela ganhou dois prêmios internos da Rackspace Technology com votação de pares e foi finalista do prêmio ARN WIICTA em 2021.
P: Como você chegou à Rackspace Technology?
R: Eu sabia que precisava preparar a minha carreira para o futuro e começar a aprender e desenvolver novas habilidades e conhecimentos. Tendo passado dezenove anos na IT Distributors, ir para a Optus foi um desvio, para não dizer um passo atrás, mas foi um risco calculado. Um risco que me colocou para trabalhar diretamente com clientes em uma grande organização parceira da Telco, que me ofereceu insights incríveis sobre como os clientes estavam usando a nuvem, engajando-se com ela e quais eram seus desafios de TI.
Tive experiências de aprendizado incríveis na Optus. Embora fosse uma função como colaboradora individual e tenha tido uma redução na remuneração, ela me deu clareza sobre o que eu amo fazer. Eu sabia que precisava encontrar uma nova função, e ela me deu a experiência necessária para assumir a posição na Rackspace com confiança. Nem sempre as carreiras seguem uma trajetória linear. Às vezes é preciso pegar um desvio, confiar no seu instinto e sair da zona de conforto para promover o crescimento e o desenvolvimento. Ele me levou à Rackspace Technology, e eu sou imensamente grata por isso.
P: Qual é o melhor conselho que você pode dar para mulheres jovens que estão desenvolvendo suas carreiras na tecnologia?
R: Eu acredito firmemente que tem muito a ver com sua moral, seus valores, sua ética, e com ser fiel às suas crenças. Você precisa ser fiel aos seus padrões. No passado, como as mulheres não reconheciam muito a desigualdade de gênero, fomos forçadas a fazer concessões em relação aos nossos valores.
Por exemplo, se formos colocadas em uma situação menos do que a ideal, precisamos nos preocupar. Se eu falar, posso ter repercussões. Isso vai impactar a minha carreira? Essa capacidade de ser fiel aos seus valores é muito importante. Se acontecer alguma coisa que eu sentir que foi totalmente errada, vou falar a partir do âmago do meu ser. Tive algumas das experiências de aprendizado mais impactantes por simplesmente ter falado.
O que quer que seja, se não parecer certo, é importante falar sobre isso. Normalmente, você pode falar com a pessoa diretamente, e muitas vezes pode acontecer um momento "mea culpa". Às vezes as pessoas dizem alguma coisa sem perceber, achando que é só um comentário inofensivo, mas não tem nada de inofensivo.
P: A cultura de uma organização muitas vezes é um componente importante do sucesso profissional. Como você acha que as mulheres podem gravitar em direção a empresas com as quais elas se alinham perfeitamente?
R: Primeiro, eu começaria me perguntando: com que tipo de cultura eu me identifico, e que tipo de cultura eu valorizo? Para mim, o tipo de organização que valoriza a honestidade e o compartilhamento de opiniões singulares mostra que ela respeita o seu conhecimento. Se eles sempre criticam e desconsideram as suas ideias, isso mostra que a organização não quer incluir você na conversa, e você não vai querer trabalhar em uma empresa assim.
E sinceramente, a função é tão importante quanto a cultura. Encontre uma posição de que você goste, em que os elementos da função permitam que a organização obtenha o melhor de você. É assim que você pode ter um impacto e ser notada.
Às vezes você não sabe que função é essa, ou ela pode nem existir ainda. Sei que é difícil visualizar uma coisa que ainda não existe, mas você pode usar as experiências ou ter clareza sobre as coisas que você não quer fazer e que vão deixá-la mais perto da função certa, e mais próxima do sucesso.
P: Acabamos de adquirir a Just Analytics da região Ásia-Pacífico e Japão (APJ), e sei que você esteve em muitas conversas sobre a construção dessa aliança. Como você acha que as organizações globais podem usar parcerias regionais a seu favor?
R: Uma das coisas interessantes sobre a entrada da Just Analytics é que ela tem muitas desenvolvedoras mulheres. Nós tivemos muita dificuldade para encontrar talentos técnicos femininos na região. Na verdade, foi incrivelmente difícil. Acho que é uma oportunidade maravilhosa para aprendermos com o que os membros da equipe da Just Analytics alcançaram e o que eles vão alcançar. Eles trazem muita experiência relativa a dados, e tiveram um impacto na região.
A Just Analytics chega com muita credibilidade e experiência em um pilar significativo da tecnologia, que é único para a Rackspace Technology. Estamos pegando sua experiência e seus recursos e aprendendo com o que eles têm feito para seus clientes e parcerias que ajudam o restante do negócio na região. É empolgante mergulhar nas nossas principais parcerias para entregar um valor conjunto para a Rackspace Technology e parceiros como AWS, Microsoft e Google.
P: Quando você pensa na celebração do Dia Internacional das Mulheres, quem são algumas das mulheres que você admira e que influenciaram o seu ponto de vista único?
R: A primeira mulher que me vem à mente é a minha avó. Ela era a matriarca da minha família. Ela nasceu em 1910 e tinha uma opinião muito forte que não era exatamente popular na época. Muitas vezes era um verdadeiro feito para ela, e eu sei que a maior parte disso era devido às normas sociais, mas vejo a minha avó como um exemplo forte.
Outra mulher interessante que admiro é Julia Gillard, a primeira mulher primeira-ministra da Austrália. Eu sempre quis entrar na política, mas percebi logo que haveria muitas concessões que seriam muito difíceis de aceitar para mim. Não me identifico com todas as políticas dela, mas acho que ela fez um trabalho incrível enquanto era mantida em um padrão diferente. O que ela conseguiu com um parlamento dividido, além do abuso e dos ataques, sabe, que criticavam sua imagem - ela simplesmente passou por cima disso. A forma como ela se comportou durante todo o tempo é totalmente inspiradora.
Também acredito que os homens tiveram um papel enorme em me ajudar a ser a melhor mulher possível. Perdi meu pai em janeiro, e ele me apoiou incondicionalmente e me impulsionou a acreditar em mim mesma. E quando você tem essa crença e esse apoio incondicional, isso realmente impacta sua confiança. Sabe, não importa de onde vem esse apoio. Se vem de um líder que faz parte da sua vida, seja mulher ou homem, o incentivo deve ser neutro em termos de gênero.
Essas são apenas algumas das líderes inovadoras da Rackspace Technology. Ao longo de março, nosso divulgador-chefe de tecnologia, Jeff DeVerter, entrevistará mais mulheres em tecnologia no programa quinzenal Solve: Cloud Talk. Um episódio recente contou com Natalie Silva, diretora de Relações Públicas e com Analistas. Você pode ouvir os insights dela, juntamente com outras mulheres de toda a nossa organização, às terças e quintas, 8h30 (CT). Fique ligado em 22 de março para ouvir Holly Windham, nossa diretora de Jurídico e Pessoal, e em 29 de março, para conhecer melhor Casey Shilling, nossa diretora de Marketing.
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Saiba mais sobre como a nossa cultura empodera as mulheres na tecnologia para #DerrubaroViés.
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